sábado, 11 de maio de 2013

Formas livres, presas e dependentes

       Dando continuidade ao blog, hoje veremos sobre a definição de vocábulo formal, mas para isso precisamos conhecer as formas que os constituem. As formas que veremos agora foram propostas por Leonard Bloomfield (1933), famoso escritor, considerado o fundador da linguística estruturalista norte-americana.
Para ele, existem três formas:

Formas livres: Essas formas constituem uma sequência que pode funcionar isoladamente, como comunicação suficiente. Elas têm o poder de transmitir, sozinhas, um significado completo. Portanto, essas formas são livres, têm liberdade de serem auto suficientes...
Formas livres mínimas: Os vocábulos desse tipo de forma não excedem seus limites. Ou seja, não podem ser mais divididas, pois estão na sua forma mínima. Exemplos: paz, bem, luz... 



     Formas presas: As formas presas não funcionam sem uma ligação com outras formas. Elas não são livres para saírem transmitindo significados, sempre dependerão de uma ajuda para forma um vocábulo. Apesar de ser uma forma restritiva, ela tem uma importância grande pois dá sentidos diferentes aos vocábulos. Como por exemplo é a função de -re nas palavras rever, relembrar, refazer, reviver.



    Segundo a proposta de Bloomfield, essas são as três formas que constituem o vocábulo formal. Porém com  o passar do tempo, viu-se necessário adicionar mais uma forma à essas três. É aí que então, o grande linguista brasileiro Mattoso Camara Júnior (1967) propõe as formas dependentes.

Formas dependentes: Essas formas não funcionam como enunciado, mas ajudam não construção de frases e orações. É o caso dos artigos, conjunções e preposições, por exemplo.


Visto isso, a palavra pode ser constituída de:
* uma forma  livre mínima; indivisível = leal; luz; paz; bem.
* duas formas livres mínimas = beija-flor; couve-flor.
* uma forma livre e uma ou mais formas presas = leal-dade; in-feliz-mente.
* apenas de formas presas = im-pre-vis-ível.

     Por fim, agora que já aprendemos sobre as formas que constituem o vocábulo, podemos concluir que o vocábulo formal é a unidade que se chega quando não é mais possível a divisão de duas ou mais formas livres. As imagens foram colocadas com a intenção de inserir um gênero textual diferente, que é a imagem, e que se harmoniza com o tema que foi falado nesta postagem. Portanto, a primeira imagem nos transmite um sentimento de liberdade, o que se associa as formas livres. Na segunda foto vemos um arame farpado que geralmente é usado em cercas e também nos lembra algo que está preso, assim como as formas presas de palavras. Por último, a terceira imagem nos mostra a relação entre pai e filho, que também é uma relação de dependência assim como as formas dependentes proposta por Mattoso Camara Júnior.




3 comentários:

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  3. Olá, Thaiza!
    Excelente post, parabéns pelas reflexões e as relações com as imagens! Só tome cuidado no emprego do termo "vocábulo formal". Vocábulo formal é, segundo Carone (2001), uma unidade a que se chega quando não é mais possível a divisão em duas ou mais formas livres. E vocábulo é uma unidade constituída de morfemas. Portanto, deixe essas distinções teóricas mais claras. Outro ponto: o tema desta postagem é "Formas livres, presas e dependentes". Processos morfológicos são outros temas, que abordaremos em breve. Abraços :)

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